quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Série – Estudos Bíblicos – “Jesus Sofreu” [ Parte VII]


 
A última Santa Ceia de Jesus
 

A instituição da Santa Ceia, é relatada por dois apóstolos que foram testemunhas oculares e participantes dela, a saber; Mateus e João. Marcos e Lucas, embora não estivessem presentes na ocasião, suprem alguns pormenores. O apóstolo Paulo, ao dar instruções aos coríntios, fornece esclarecimento sobre algumas de suas particularidades (1 COR 11:17-34). Tais fontes nos dizem que, na noite antes da Sua morte, Jesus se reuniu com os Seus doze discípulos/apóstolos em um cenáculo mobiliado para celebrar a Última Páscoa (MT 26:17-29). Com o desejo de cumprir toda a justiça e honrar a lei cerimonial, que ainda durava, Jesus ordenou tudo o que era necessário para comer a Última refeição pascal com os Seus discípulos. Tudo foi feito como Jesus ordenara, e prepararam a Páscoa (MT 26:17-19). “E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com o doze” (MT 26:.20). O evangelista Lucas relata que Jesus desejava ansiosamente comer a Última Páscoa com os Seus discípulos. E disse-lhes: tenho desejado ansiosamente comer convosco está Páscoa, antes do meu sofrimento (LC 22:15).
Jesus tomou os elementos da Páscoa e deu uma nova significação. Mateus relata: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças deu-lho dizendo; bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue do Novo Pacto, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não bebereis deste fruto da vide até àquele dia em que beba de novo convosco no reino de meu Pai. E tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras” (MT 26.26-30).
A Ceia do Senhor Jesus inicia uma nova era e aponta para uma obra já consumada. Podemos observar que, duas festas uniram-se nesta celebração. No cenáculo deu-se um acontecimento notável: A Festa Pascal foi solenemente encerrada (Luc 22.16-18), e a Ceia do Senhor Jesus instituída com uma solenidade ainda mais sublime do que a Páscoa (Luc 22.19-21; 1 Cor 5.7). Portanto, naquela ocasião terminou um período e começou outro; Cristo era o cumprimento de uma ordenança e a consumação da outra. A Páscoa agora tinha servido seu propósito profético, porque o Cordeiro que o sacrifício simbolizava, ia ser morto naquele dia. Por isso foi substituída por uma nova instituição, apresentando a verdadeira realidade do Cristianismo, como a Páscoa tinha apresentado a do Judaísmo (Vide Anexo IV – A Páscoa Judaica).

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