Estudos

Aprendendo Um pouco sobre o "Chamado"


Afinal de contas o que é o “Chamado de Deus” em nossa vida?

Quando foi para me entregar ao Senhor Jesus, por muitas vezes Ele por sua infinita misericórdia me chamou. Achei que este seria o “Chamado” que todos falam, mas ao prosseguir em conhecer ao Senhor percebi que o Chamado vai além do confessá-lo publicamente. Numa passagem maravilhosa em Isaías “Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!
Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim
.”( Is 6:5-8), Isaías primeiro confessou o seu pecado diante do Senhor e talvez até tenha reconhecido que a sua admiração pelo rei Uzias, de luzeiro o transformava em sombra, tanto que Isaías confessou que viu o Senhor apenas no ano em que morreu o rei Uzias. Muitos pregadores pregam que precisa morrer o Uzias de nossa vida. Mas não explicam quem foi o rei Uzias e como morreu. Vamos pesquisar :

“Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do Senhor, homens da maior firmeza; e resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este ministério; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isto para honra tua da parte do Senhor Deus. Então Uzias se indignou; tinha ele o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na casa do Senhor, junto ao altar do incenso. Então o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o Senhor o ferira. Assim ficou leproso o rei Uzias até o dia de sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da casa do Senhor; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra”. - II Crônicas 26:17-21

Como vemos antes Uzias temia ao Senhor, mas ao ver o próprio crescimento, isto lhe foi mais ofuscante aos olhos e passou a usar Deus como seu trampolim. Como alguns crentes que preferem as bênçãos ao abençoador. Uzias não respeitou o seu Chamado, quis exercer uma ocupação que não era a sua.
O rei Uzias figura este comportamento que temos denunciado desde o primeiro capítulo deste livro, de querer usar Deus como um trampolim para receber aquilo que se deseja, sem um forte senso de compromisso, de aliança com Deus. Ele começou corretamente, mas depois demonstrou o que de fato estava em seu coração.
(http://www.orvalho.com/?pagina=estudo&id=50)
Deus quer que primeiro compreendamos qual a sua boa, perfeita e agradável vontade em nossa vida (Rm 12:2). E também que reconheçamos o que realmente está guardado em nosso coração acerca dele e que o deixemos comandar o nosso viver. E quando assim o fizermos com certeza estaremos já atendendo ao seu “Chamado”.

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Série – Estudos Bíblicos – “Jesus Sofreu” [ Parte VIII]


No Getsêmane (Prensa do Óleo) – LC :22

Getsêmani era um pequeno jardim nas proximidades de Jerusalém, para onde Jesus inúmeras vezes se retraia para fugir da agitação das multidões. Ali, na solidão da noite, buscava intimidade com o Pai em preciosos momentos de meditação e oração. “Neste recanto solitário, havia recebido coragem e energias espirituais para enfrentar as lutas tremendas que lhe sobrevieram em seu santo ministério” (Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos, Egídio Gioia, Editora Juerp, 1969, Vol. I, pág. 344). Getsêmani significa literalmente “lagar do óleo”. O lagar era o lugar onde as uvas eram pisadas, para a extração do suco. Vejamos alguns pontos de destaque na experiência do Senhor no Jardim do Getsêmani:
I. JESUS MANIFESTOU PROFUNDA TRISTEZA
1. V. 37, “começou a entristecer-se e a angustiar-se”. Entristecer-se – “tornar triste, afetar com tristeza, causar aflição, magoar, afligir, ofender tornar alguém preocupado, fazê-lo receoso”; Angustiar-se - “estar ansioso, em grande aflição ou angústia, deprimido”.
2. V. 38, “a minha alma está profundamente triste até à morte”. Observe, não apenas “triste”, mas “profundamente triste”. Ou seja, “dominado com pesar a ponto da tristeza causar a própria morte”.
3. A essência desta “profunda tristeza” do Senhor estava relacionada ao seu horror pelo pecado, não dEle próprio, mas de toda a humanidade que iria LHE cair sobre o seu corpo na cruz. Nas palavras de Pedro temos: “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados”, 1 Pe 2.24.
4. Ele podia sentir a realidade da maldição da cruz. Seria “maldito pela justíssima lei de Deus” (Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos, Egídio Gioia, Editora Juerp, 1969, Vol. I, pág. 344). Paulo escrevendo aos gálatas pode dizer: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)”, Gl 3.13.
II. JESUS SE SENTIU PROFUNDAMENTE SÓ
1. V. 36, “Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani”. O Senhor levou consigo os discípulos mais chegados – “a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu”, v. 37, pois precisava de apoio num dos momentos mais importantes de todo o seu ministério terreno.
2. V. 38, “ficai aqui e vigiai comigo”. Aqui o Senhor reiterou sua carência de companhia.
3. V. 40, “nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?”. Manifestou sua decepção.
4. Ao falar desta solidão do Senhor, e sua necessidade de apoio e companhia, Lucas menciona a vinda de um anjo para assisti-LO, uma providência do Pai: “Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava”, Lc 22.43.
III. JESUS ESTAVA LIMITADO ÀS FRAGILIDADES HUMANAS
1. V. 41, “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”. Embora o Senhor esteja admoestando seus discípulos, ao expressar que a “carne é fraca”, estava também referindo à sua própria carne a qual estava sendo colocada à prova naquele momento.
2. V. 43, “E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados”. Sobre esta experiência Lucas afirma que os discípulos estavam “dormindo de tristeza”, Lc 22.45.


IV. JESUS ENTREGOU-SE À VONTADE DO PAI
1. V. 42, “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. A palavra “cálice” pode significar “porção ou experiência de alguém, seja prazenteira ou adversa”.
2. V. 45, “Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores”. Sem perceber, Judas Iscariotes cumpre seu papel na traição de Jesus, mas somente pode concretizar seu plano em razão da auto-entrega do Senhor. “assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas”, Jo 10.15. Paulo afirma: “o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai”, Gl 1.4.
Em Lucas 22.44, “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”. Temos aqui um fenômeno denominado pela ciência médica de “diapédesi”. Assim como as uvas eram moídas no lagar (Getsêmani – “lagar do óleo”) para a extração de seu suco, Cristo foi moído em sua alma a ponto dEle serem extraídas “gotas de sangue”.
O sofrimento de Cristo começou nesse momento. Dentre os vários aspectos do sofrimento inicial, apenas um aspecto de interesse fisiológico: o fato de ele ter suado gotas de sangue. É interessante que é o médico do grupo, Lucas, o único a mencionar este fato. Ele disse: “Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o suor era como gotas de sangue que caíam sobre o chão.” Toda tentativa imaginável tem sido usada pelos modernos estudiosos tentando explicar esta frase, tentativas que sempre estão debaixo da dúvida de que isto não tenha realmente ocorrido. Uma grande dose de esforço poderia ser economizada apenas consultando literatura médica. Embora seja raro, o fenômeno da HEMATIDROSIS ou suor de sangue é bem documentado. Sob um grande stress emocional, vasos capilares nas glândulas sudoríparas (transpiração) podem partir, misturando sangue com suor. Este processo independente poderia ter produzido fraqueza e possivelmente estado de choque.
Judas (vide anexo V – A vida de Judas Iscariotes) o entrega aos soldados, os mesmo prendem Jesus e o levam para o Sinédrio.

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Série - Estudos Bíblicos - "Jesus Sofreu" [ Parte IX ]

Perante o sinédrio – Anás e Caifás (MT 26, 58) (MC 14, 54) (LC 22, 54-55) (JO 18, 12-24); (MT 26: 57-66) (MC 14:53 -64) ( JO 18: 24)

O Evangelho de João é o único que relata o comparecimento de Jesus perante Anás. João inseriu um fato que deve ser observado na história da paixão: o papel que Anás, o principal líder religioso, desempenhou no interrogatório e na execução de Jesus.
Anás não era o sumo sacerdote em exercício quando Jesus foi preso, mas tudo indica que ele detinha o poder por trás do sumo sacerdote vigente, Caifás. Anás havia ocupado o ofício de sumo sacerdote vinte anos atrás, de 7 a 14 d.C., mas Gratos substituiu-o após entrarem em discórdia. Segundo o Antigo Testamento, o sumo sacerdote deveria ocupar seu ofício até o fim da vida. No entanto, Roma ordenara o seguinte aos judeus: “Por meio do seu Sinédrio vocês podem julgar seu próprio povo, mas nós determinaremos quem serão seus sumos sacerdotes”.
Embora Anás tivesse sido afastado do ofício por Roma, os judeus provavelmente continuavam vendo-o como o sumo sacerdote (Lucas 3:2). Anás conseguiu que seu filho Eleazar fosse escolhido como seu sucessor; e depois de Eleazar, ele conseguiu colocar seu genro Caifás nessa posição. Ele também conseguiu que quatro de seus outros filhos sucedessem Caifás como sumos sacerdotes. Esses fatos constituem um forte indício de que nenhum outro homem em Jerusalém exercia tanta influência na hierarquia judaica quanto esse homem. Ele devia ser um dos homens mais poderosos de Jerusalém naquela época.
Considerando que Anás foi o responsável pela prisão de Jesus, ele também deve ter sido quem decidiu o que fazer com Ele após a prisão. Anás promovera a campanha contra Jesus, estava mobilizando-a o mais rápido possível e estava determinado a concluí- la. Ele providenciou tudo, dando as ordens e arquitetando a trama. Por isso, depois de ser levado em custódia, Jesus foi apresentado a Anás.
Decidido a eliminar Jesus, Anás quis vê-lO para elaborar uma acusação que O condenasse. Quando Jesus apresentou-Se, Anás interrogou-O “acerca dos seus discípulos e da sua doutrina” (João 18:19). Tanto o Antigo Testamento quanto as leis romanas estavam sendo violados pelo procedimento de Anás.
Tendo levado Jesus a julgamento sem uma acusação real contra ele, Anás começou a interrogá-lo.
“Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no e o conduziram primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano” (João 18:12, 13).
Jesus disse: “Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse” (João 18:20, 21).
A essa altura da narrativa, a cena muda para um oficial parado ao lado de Jesus durante o interrogatório. Esse homem, tentando restabelecer a dignidade de Anás, esbofeteou Jesus e disse: “É assim que falas ao sumo sacerdote?” (João 18:22). As palavras de Jesus mais uma vez descreveram a situação com tranqüilidade: “Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?” (João 18:23). Jesus colocou os interrogadores no banco do acusado. Nesta curta entrevista, Anás foi derrotado em seu próprio gabinete, por apenas uma meia dúzia de frases ditas por Jesus.
Anás, porém, não se intimidaria. O texto diz: “Então, Anás o enviou, manietado, à presença de Caifás, o sumo sacerdote” (João 18:24). Apoiado em acusações fabricadas e más intenções, ele mandou Jesus a Caifás, insistindo que o sumo sacerdote elaborasse com ele uma acusação contra Jesus. Assim, Anás assumiu seu lugar na história como a tocha que ateou fogo na crucificação de Jesus, o Filho de Deus.
E eles, porém, tendo prendido Jesus, conduziram-no a Caifás, o sumo sacerdote; e reúnem-se todos os sumos sacerdotes e os anciãos e os Escribas (onde os Escribas e os anciãos se tinham reunido).
Os sumos sacerdotes, porém, e todo o sinédrio procuravam falso testemunho contra Jesus, para o matarem (como o matariam); e não encontraram (não encontravam). Muitos, pois, diziam falso testemunho contra ele, e a concordância dos testemunhos não existia, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas.
E alguns, levantando-se, diziam falso testemunho contra ele, dizendo que nós ouvimo-lo a dizer que “Eu destruirei este Templo, feito à mão, e em três dias edificarei outro, não feito à mão”. Por fim, porém, vindo dois, disseram: “Este afirmou: Posso destruir o Templo de Deus e depois de três dias edificá-lo'”. E nem assim concordava o testemunho deles.
E tendo-se levantado o sumo sacerdote, no meio, interrogou Jesus; disse-lhe, dizendo: “Não respondes nada? Que testemunham estes contra ti?” Jesus, porém, calava-se e não respondeu nada.
E, novamente, o sumo sacerdote interrogava-o e disse (diz)-lhe: “Adjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho do Deus bendito!”
Jesus, porém, disse (diz)-lhe: “Tu o disseste: Eu sou. E, contudo, vos digo: Desde agora, vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu (com as nuvens do céu)”.
Então, o sumo sacerdote rasgou as suas roupas. O sumo sacerdote, porém, rasgando as suas túnicas, diz, dizendo: “Blasfemou! Para que necessitamos ainda de testemunhas? Eis que agora ouvistes a blasfémia. Que pensais? (Que vos parece?)”
Eles, porém, respondendo, disseram: “É réu de morte!” Eles, porém, todos o condenaram como sendo réu de morte.

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Série – Estudos Bíblicos – “Jesus Sofreu” [ Parte X]


Perante Pilatos (MC 15:)

Jesus foi levado perante Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia. Marcos diz: Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.
Pilatos o interrogou: És tu o rei dos judeus?
Respondeu Jesus: Tu o dizes. Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas. Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem!
Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar (vv. 1–5).
O Sinédrio judaico acusara Jesus de blasfêmia. A acusação contra Ele era esta: “Você alega ser Deus e, portanto, merece morrer”. Mas eles sabiam que os romanos não prestariam atenção a essa acusação e considerariam aquilo como nada mais do que uma disputa religiosa entre judeus. Eles sabiam que para tornarem aquele caso sustentável perante as autoridades romanas, tinham de dar uma base política às acusações. Por isso, Lucas diz que os judeus decidiram levantar três acusações distintas contra Jesus. Em primeiro lugar, eles O acusaram de perverter a nação, ou seja, incitar agitadores e encorajar motins e dissensões. Em segundo lugar, eles O acusaram de proibir o povo de pagar tributos a César. Em terceiro lugar, eles O acusaram de querer ser rei no lugar de César.
Pilatos só deu atenção à última acusação. Quando ouviu as três acusações, ele se concentrou na última. Pilatos virou-se para Jesus e disse:
“És tu o rei dos judeus?”
Jesus respondeu simplesmente: “Tu o dizes”.
No Evangelho de João lemos que Jesus prosseguiu dizendo nesse momento: “Meu reino não é deste mundo: se meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36).
Diante de todas essas acusações adicionais que os principais sacerdotes estavam levantando contra Jesus, Marcos diz que Ele permaneceu absolutamente calado. Isto fez Pilatos, o governador, admirar-se a ponto de dizer: “Jesus, você não vai responder nada? Você não entende todas essas acusações que esses judeus estão levantando contra você?” Mais uma vez, o relato bíblico diz que Jesus não disse uma palavra sequer. Marcos relata uma segunda vez em que Pilatos ficou admirado. Lucas registra que Pilatos até disse aos principais sacerdotes e à multidão ali presentes: “Não vejo neste homem crime algum” (Lucas 23:4).
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Série – Estudos Bíblicos – “Jesus Sofreu” [ Parte XI]


Perante Herodes (LC 23:7–12)

Os relatos paralelos dizem que a essa altura Pilatos mandou Jesus para Herodes. Herodes, que era considerado o rei dos judeus, tentou divertir-se com Jesus. Ele pediu que Ele operasse um milagre, mas Jesus recusou-Se e permaneceu mais uma vez totalmente em silêncio. Assim, Herodes mandou Jesus de volta a Pilatos mais uma vez.
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Série – Estudos Bíblicos – “Jesus Sofreu” [ Parte XII]


Perante Pilatos e Perante o Povo (MC 15:6–15)

A essa altura Marcos diz: Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, qualquer que eles pedissem. Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio. Vindo a multidão, começou a pedir que lhes fizesse como de costume. E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus? Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado.
Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? Eles, porém, clamavam: Crucifica-o! Mas Pilatos lhes disse: Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o!
Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, lhes soltou Barrabás e mandou açoitar Jesus.

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Série – Estudos Bíblicos – “Jesus Sofreu” [ Parte XIII]



O Açoite: (MC 15) – Vide anexo VI – Estudo sobre a prática do açoite

O número exato dos açoites aplicados em Jesus não se sabe ao certo, e não se pode precisar.
Afinal, quantos foram os açoites sofridos por Cristo?
O prisioneiro é colocado defronte a um poste tendo suas mãos amarradas acima de sua cabeça, sem roupas. É duvidoso que os romanos teriam seguido o costume judaico de 39 açoites para evitar uma infração da lei que prescrevia 40 açoites. Em caso de erro de cálculo, eles estavam seguros de permanecer dentro da lei. Os fariseus insistiam em ter certeza de que eram empregados apenas 39 açoites.
Os romanos seguiram em frente. O chicote era curto tendo várias tiras longas e pesadas de couro grosso, com duas pequenas bolas de chumbo ou pedaços de ossos de carneiro presas nas pontas de cada tira. O pesado açoite é descido com toda a força vez após outra nos ombros, costas e pernas de Jesus. No primeiro contato as tiras pesadas e grossas cortam apenas a pele. Então os golpes continuam, cortam mais profundamente atingindo o tecido subcutâneo, produzindo primeiramente um gotejamento de sangue dos vasos capilares e veias da pele e finalmente jorros de sangue arterial das veias dos músculos subjacentes. As pequenas bolas de chumbo primeiro causam profundas e grandes contusões, que vão se abrindo por causa dos seguidos açoites. Finalmente a pele nas costas ficam suspensas como longas tiras e a área inteira fica irreconhecível, despedaçada, ensanguentada. Quando o soldado decide que o prisioneiro está quase desfalecido, cessa o massacre.
Então o quase desmaiado Jesus, é desamarrado e naturalmente tomba sobre o chão de pedra, no seu próprio sangue. Além da tortura, Jesus é motivo de chacota entre os judeus, pois, sendo ele proveniente de cidade interiorana, fazia-se rei. O soldado romano percebe uma boa piada nesta tão clamada frase “Rei dos Judeus”. Ele veste um manto sobre os ombros de Jesus e coloca um bastão em suas mãos como um cetro real. Ele ainda precisa de uma coroa para que seja verdadeiramente um Rei. Um pequeno feixe de galhos flexíveis cheios de longos espinhos(provavelmente usado como lenha) é preparado no formato da cabeça e pressionado sobre a mesma. É bom lembrar que a cabeça é uma das áreas mais vascularizadas do corpo, e mais uma vez, há grande perda de sangue. Depois de zombar bastante e acertá-lo na face, os soldados tomam o bastão e batem mais na cabeça forçando os espinhos aprofundarem-se mais na cabeça, cravando-os.
Finalmente, cansam-se da brincadeira, a túnica é arrancada bruscamente de sua costa. O manto já até tinha aderido-se às costas em carne viva junto aos coágulos de sangue e soro das feridas, e a sua retirada certamente causa intensa dor como nós mesmos experimentamos com nossos machucados. As feridas começam a sangrar novamente.

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